e o despertador não tocou...
Desde que tenho um cão que o meu acordar mudou...radicalmente!
Nunca quis partilhar o quarto com ele. Cada macaco no seu galho.
Quando era pequenino, a cama dele estava no escritório.
Ficava de coração partido sempre que ia dormir e o deixava sozinho.
Tinha uma mantinha e um cãozinho de peluche que era meu.
Ainda hoje dorme muitas vezes com o cãozinho de peluche.
Quando cresceu e passou a ser mais autónomo começou a aparecer no meu quarto.
Ainda pequeno não conseguia saltar para a minha cama.
Limitava-se a ganir até eu acordar.
E acertava sempre na hora.
Uns minutos antes do despertador lá estava ele.
O pior..sábados, domingos, feriados e férias...todos os dias são iguais.
Dormia com a porta aberta. Passei a dormir com a porta encostada.
Sem problema.
O Vasco cresceu.
E passou a ter força suficiente para empurrar a porta.
Dormitava no tapete ao lado da cama e quando achava que eram horas...toca de fazer a chinfrineira do costume.
Comecei a fechar a porta.
Voltei ao meu descanso.
Durante 3 ou 4 dias acordei como uma pessoa normal.
O despertador tocava e eu lá me levantava...
O Vasco aprendeu a abrir a porta. Qual artista de circo.
Já com um tamanho considerável, punha-se de pé e lá abria a porta.
Como se apercebeu que a primeira coisa que eu fazia era calçar os chinelos.
Começou a achar bem acordar-me à chinelada. E eu comecei a ser vítima de violência doméstica.
Todos os dias acordo da mesma maneira.
Um cão que me atira os chinelos para cima.
Salta para cima de mim. Com a língua do comprimento do Chile dá-me lambidelas do pescoço até ao alto da cabeça.
Eu acordo. Que remédio!
Certifica-se que estou bem acordada. E vai à vida dele. Volta para a sua caminha preferida. Normalmente no terraço.
Mas hoje de manhã foi diferente. Acordei com o despertador. Com o verdadeiro despertador.
E percebi que o meu despertador mais fiel tinha falhado.
Acontece aos melhores!
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