O interrogatório!

O tempo não volta atrás.
E a infância só se vive uma vez.
Há um ano idealizava férias em família. Todos nós idealizámos algo...
...e olha! A Covid trocou-nos as voltas e o que idealizámos será realizado, espero! Num outro ano.


O Pedro não tem férias este ano.
Vai tendo um dia de folga. Aproveitamos esses dias para ir aqui e ali à beira mar. Molhar os pés.
Sem o Pedro é muito complicado pegar em três miúdas tão pequenas e ir à praia com as três.
Não dá! Duas ainda podia ponderar. Três não....

Aproveitamos a boa vontade dos avós!
Os pais do Pedro gostam de passear à beira mar e fazem o favor de me passear as duas mais velhas.
Tão bom!
Eu fico com a Luísa e sempre consigo fazer alguma coisa de útil.
Adianto almoços, jantares, lanches, roupa, roupa e mais roupa.
Camas.
Casa.
Quando voltam do passeio ainda não fiz metade do que pensei. Mas...
...já fiz metade e por isso também fico mais disponível para elas.


Um destes dias passaram por cá de manhã.
Já tinhamos combinado.
A Alice e a Mariana esperavam ansiosas os avós ao portão.
A Alice porque vai à "paiiiiia", a Mariana porque vai com certeza comer um gelado ou uma bola de Berlim...desconfio que às vezes come as duas coisas.

Os avós chegaram.
Despedi-me delas.
Agradeci aos meus sogros.
E voltei para dentro de casa com a Luísa e o Vasco à tiracolo.

No caminho a Mariana adormeceu.
Mal entra num carro é mais forte do que ela.
A Alice também ia meia a dormir.
O carro tem um efeito sedativo nestas miúdas.
O meu sogro foi parado, pela policia, na rotunda de Santo Amaro de Oeiras.
Estava a decorrer uma operação Stop qualquer.
Desde ao controlo da taxa de alcoolemia até saber para onde ia, perguntaram tudo.
Muitas perguntas.
E as respectivas respostas.


Ontem o Pedro chegou a casa por volta das 17h.
Decidimos arejar todos.
Fomos até ao Jardim aqui perto de casa dar uma volta.
Encontrámos um doente do Pedro.
Aqueles cumprimentos que agora fazemos. Ao longe....e o senhor pergunta ao Pedro.
- São todas suas?
Não sei se eu estava incluída ou não...mas achei que sim!

A Mariana ia no carrinho a dormir...claro! E a Luísa não dorme mas também ainda não diz nada que se perceba.
O senhor virou-se para a Alice. 
E começou a perguntar-lhe tudo e mais alguma coisa.
- Quantos anos tem?
- Como se chama?
- Como se chama a irmã?
- Como se chama a irmã bebé?
...e já nem sei mais o quê!

A Alice respondeu a uma pergunta. A duas. Três. Quatro.
E depois perguntou ao senhor!
- És policia?



Comentários

  1. Oh, pá, A-DO-REI! Sempre perspicaz, a "nossa" Alice!

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  2. 😂😂😂
    Alice no seu melhor 😁

    Como compreendo o efeito sedativo dos carros... e de todos os meios de transporte... 😴😁

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    Respostas
    1. O efeito sedativo funciona para todos menos para mim e para a Luísa....

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    2. Na Luísa talvez seja pena não se notar esse efeito, mas em ti, que tantas vezes conduzes, ainda bem que não se nota! :-)

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    3. Não conduzo muita vez! Só quando preciso mesmo....detesto conduzir. Sempre que posso vou a pé... ;)

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    4. Ah, ok! Eu também detesto conduzir! E tenho medo... Aliás, detesto tanto e tenho tanto medo que não conduzo de todo (apesar de ter carta de condução). Ou vou a pé, ou vou de transportes públicos, ou de boleia...

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    5. Eu conduzo porque tem mesmo de ser e quando não há outra solução mas também sou adepta e muito dos transportes públicos...desde que estive na Noruega mais ainda...lá poucos têm carro, quando precisam alugam....
      Sou adepta da vida leve....bjs

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  3. A Alice tem toda a razão, com tantas perguntas mais que parecia uma operação Stop :D

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  4. ah.ah, ah... essa miúda é o máximo.

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